O chamado Homem de Piltdown foi uma fraude científica formada por fragmentos de um crânio e de uma mandíbula recuperados nos primeiros anos do século XX de uma mina de cascalho em Piltdown, uma vila perto de Uckfield, no condado inglês de Sussex1. Especialistas da época afirmaram que os fragmentos eram restos fossilizados de uma até então desconhecida espécie de homem primitivo1.
A fraude foi descoberta em 1953, quando um estudo intensivo dos fragmentos mostrou que eles eram na verdade um crânio humano medieval de 600 anos de idade com mandíbula de um orangotango de 500 anos e um dente de um chimpanzé23. Exames microscópicos indicaram que os dentes haviam sido modificados para que ficassem parecidos com os de humanos1. Os ossos tinham sido tratados com produtos químicos para parecerem mais antigos1.
A fraude do Homem de Piltdown afetou significativamente a pesquisa precoce sobre a evolução humana1. Notavelmente, o fóssil colocava os cientistas em um beco sem saída, pois sustentava a crença errônea e rejeitada de que o cérebro humano teria se expandido em tamanho antes do maxilar se adaptar a novos tipos de alimentos1. O fóssil tirava a ancestralidade humana da África que era proposta pelo biólogo Charles Darwin com base em homologias com primatas africanos e colocava no continente europeu1.
Foi sugerido que a fraude havia sido obra da pessoa tida como sua descobridora, Charles Dawson (1864-1916), sob cujo nome foi batizada1. Este ponto de vista tem sido questionado e muitos outros candidatos têm sido propostos como os verdadeiros criadores da contrafação1.
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