Não é novidade que governos autoritários miram nos intelectuais: geralmente, são mais complicados de controlar; além de poderem influenciar os jovens, isso explica a paranoia de Bolsonaro com o ENEM. Para você ter uma ideia, um amigo meu, do Irã, mas que saiu do país, disse uma vez que eles proibiram Paulo Coelho no Irã: Paulo Coelho fala de liberdade. Paulo Freire também fala de liberdade do pensamento, o que dificulta a manipulação.
Na Alemanha nazista, intelectuais eram atacados, isso incluiu o grande Einstein que teve livros queimados. Sim, eles vêm mostrando idolatrar ao nazismo há tempos. Isso vai contra a constituição, que proibi apologia a esse período sóbrio da história da humanidade.
Contudo, o ódio deles é cego. Alguém, em algum ponto, orientou Bolsonaro a atacar Paulo Freire, e usar o nome no debate: “seu Paulo Freire, Lula”; não acredito que Bolsonaro e turma tem capacidade de escolher onde amarrar a carne para soltar os cachorros. Isso serviu como carne nas costas de uma pessoa, e solta os pitbulls: os gados atacaram! E continuam atacando. Como discuto no nosso livro: primeiramente, Paulo Freire, morreu antes do primeiro governo do Lula, antes era Fernando Henrique Cardoso. Isso elimina qualquer tentativa de associar os dois, apesar de Lula citar Paulo Freire com orgulho, e é um orgulho nacional, eleito padroeiro da educação.
Sendo assim, não acho que o ódio seja racional, acho que é um assobio de cachorro, algo que somente eles entendem.
Essa estratégia de desvio de foco foi marcante no governo Bolsonaro. Usar Lula para atacar o padroeiro da educação, ou seja, nossa história; negação do período militar. E melhor de tudo: usaram o auxílio Brasil para passar o orçamento secreto. Passou, mas não deixaram nada para o auxílio brasil. Não tem dinheiro para o auxílio Brasil!! Lula e equipe estão se matando para manter a promessa de campanha.
Durante falas internacionais, pelo menos para mim, nunca entendi para quem Bolsonaro estava falando: a quem interessa internacionalmente ficar repetido “acabou a corrupção”? Agora, vejo, era assobio de cachorro!
Comments