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Foto do escritorJorge Guerra Pires

Questionamento de potenciais leitores: Grupo de WhatsApp (ex-colegas de sala, engenharia de produção

Atualizado: 12 de nov. de 2022

Ponto levantado: Entendo que o cenário político atual do Brasil está muito polarizado e acabou criando mecanismos complexos para ambos os lados. Na minha humilde opinião, que é minha e não busca refletir a verdade universal, longe disso, é que a imparcialidade sempre é necessária para gerar credibilidade, e não pode ser diferente quando queremos abordar um tema tão importante, tenho amigos bolsonaristas e lulistas, de extremo, e procuro sempre entender a visão de cada lado, principalmente no contexto atual, afinal verdades são individuais, pois a parcialidade leva a gente para analisar tudo sempre pela ótica da qual acreditamos.

"são sobre um olhar imparcial no quesito político?"

Inicialmente, não era para ser político, mas foram tantas estupidezes nesses dias no Twitter, que foi um mar de exemplos; mesmo os exemplos, achei por acidente, e depois pensei em incluir, nada proposital. Já vinha acompanhando, mas esses dias foi assustador, já havia ouvido histórias de manipulação durante todo o governo Bolsonaro. Alguns chamaram isso de “o gabinete do ódio”, uma máquina, segundo alguns com dinheiro público, dentro do gabinete oficial do presidente, para espalhar notícias falsas; ver prefácio. Segui o caminho mais fácil, assumo a culpa. Não me preocupei em ser balanceado, não consigo achar exemplos similares na história no lado oposto, não nego que exista; além do mais, esse não é um texto acadêmico no sentido restrito, mas um texto para tentar criar o pensamento crítico nas pessoas, usando humor em muitos pontos, não é minha preocupação, como foi no doutoramento, ser balanceado; confesso, posso ter sido parcial, apesar de não ter sido o motivo principal. Nunca vi alguém defender um político dessa forma, como tem sido com o Bolsonaro; logo no início do governo Bolsonaro, humoristas eram atacados em público. Sempre houve a “Dilmoca”[1], e piadas do Lula eram comuns, além das imitações. Ninguém até onde sei, agrediu humoristas, não de forma sistêmica; as manifestações nesse fim de governo quase sempre envolviam violência, como ataque de ônibus de crianças[2]. Eu não tinha a intenção de focar no Bolsonaro, mas, cai em tentação e alerto logo no prefácio. Achei um prato cheio para justificar a irracionalidade humana, coletivamente.

Eu alerto no início:

Estima-se que os eleitores do Bolsonaro, os de raiz, que nada muda suas convicções gira em torno de 10% da população. Para esses, esse livro pode não ser saudável.

Vou oferecer reembolso aos eleitores do Bolsonaro que comprem por engano. Se comprou por engano: jorguerrapires@jovempesquisador.com

Obs. tenho um outro projeto de livro, nesse talvez faria sentido considerar os dois lados, que não foi o foco deste livro; tenho dificuldades de comparar, seria como comparar “banana” com “maçã”, como vejo. Um trabalho bem balanceado talvez seria um doutoramento, ou mestrado. Nesse momento, não tenho recursos para financiar esse tipo de projeto. Comparações fracas somente criaria mais tensões, penso.

"pois a parcialidade leva a gente para analisar tudo sempre pela ótica da qual acreditamos." concordo, falo isso no meu primeiro livro sobre introdução à pesquisa científica, que tem uma pegada fácil, contudo, mais focado no mundo acadêmico. Gosto de corte do Atila Iamarino, onde mostra-se que as nossas ideologias contaminam nossas conclusões; falo disso em alguns pontos desta obra que está prestes a ler.

Eu tentei ser imparcial, apesar do tema complicado. Tentei usar esse cenário como exemplo do que chamo de estupidez coletiva, tema de outro livro. Tentei alertar que similares analises podem ser aplicadas a outros no futuro. Precisamos olhara para essa estupidez coletiva, e aprender. Fica na bosta não elimina a possiblidade de sair e tomar banho, e seguir em frente, como forma de nunca admitir os erros.

Contudo, eu gosto de ouvir os leitores. Não sei tudo, e sofro de várias cegueiras, além da cegueira que tenho de nascença.

Reforço: nunca vi pessoas defenderem um político como esse. Tenho conversado com eleitores do Bolsonaro, tentado ficar neutro e aprender, mesmo pessoas estudadas, que é sempre um desafio. Parece que houve um apagamento da razão, por isso fiz o livro. isso me lembrar um livro que li de Marvin Minsky, esse. No livro, o autor tenta entender porque trocamos compaixão por raiva, em certo cenário. Por que ficamos irracionais, quando somos eleitores do Bolsonaro? Por que mesmo as pessoas mais geniais como eu definiriam parecem ficarem cegas? Como diz um amigo meu, que não é um intelectual: parece que vivem em uma realidade paralela.

Eu gosto desta forma de pensar. Existe um limite para ser cético, muitos eleitores do Bolsonaro são “céticos estúpidos”. Existe um limite para liberdades individuais, gosto do livro “Loserthink: How Untrained Brains Are Ruining the World” de Scott Adams, que reflete parcialmente nisso em cenário parecido nos Estados Unidos. Ver corte da palestra de Andrew Marantz sobre extremismo online, que parece se sobrepor ao real.



 

[1] The Noite (17/11/16) - Entrevista com Presidente Tomer e Dilmoca Rousseff. https://www.youtube.com/watch?v=NDIbsE_8png [2] Reinaldo: Preventiva já para bolsonaristas que atacaram estudantes. https://www.youtube.com/watch?v=qfaALu8tT3U

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